sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Quem é Michel Fano?

(Faltam 11 dias!!)

Pessoal:

Queria mesmo começar o meu blog hoje desejando os parabéns a minha querida sogrinha...

Silvaninha: Parabéns pelo seu níver....

Agora vamos voltar às reflexões sobre o meu dia-a-dia....

Quarta-feira, dia do níver do Messiaen (100 aninhos não é sempre que se faz, não?) eu irei entrevistar o compositor/diretor de filmes Michel FANO. Portanto, hoje, fui à Médiathèque do Ircam tentar responder à seguinte: Quem é Michel FANO? É sempre importante o entrevistador saber pelo um pouco sobre o entrevistado para que não vire entrevistas à la Jô Soares, onde ele quer ser sempre a estrela da entrevista, mesmo sendo ele o entrevistador!....

Enfim: lá na Médiathèque encontrei uma série de 7 vídeos/documentários dirigidos por ele, com a ajuda (financeira) do Ircam e a participação do Pierre Boulez, com entrevistas e comentários sobre obras diversas. São bastante interessantes. Como cada um tem em volta de 1 hora, não deu para assistir a todos. Mas já deu para ter uma boa idéia.... Assisti ao

  • 1º (Música e modernidade);
  • 2º (Material e intrumentos);
  • 4º (Repetição e diferença):
  • 6º (Música e récita);
  • 7º (Música e sociedade).

Faltou assistir apenas o 3º e o 5º. Ele debate de uma maneira bastante didática o lugar da música do século XX, com entrevistas de compositores, editores de partituras, donos de gravadoras etc.

O que eu anotei aqui foi, já no último vídeo, uma espécie de conclusão que ele tem. Não sei se eu concordo integralmente com ela, mas é, no mínimo, intrigante. Vamos a ela (desculpem-me se a grafia no francês "c'est pas très precise...") Tradução depois...

"La musique contemporaine propose, le plus suivant, un Monde d'images et de sons qui s'oppose à l'apparence villaine du jeu sociale. Ce travaille solitaire, penible, non-productif, presque hors-temps du compositeur va à l'encontre de tout le modèle de consommation que la société propose. Porquoi le caché? La musique contemporaine ne répond à aucune demande spontanée du public. Elle n'est pas facile à entendre. Elle procure parfois le bonheur mais est aimant du plaisir. (...) Elle n'est pas difficile à entendre parce qu'elle est plus dissonante ou moins rythmée que Mozart. Mais parce que, face au péril où l'incertitude qui représente face à toute nouvauté, où notre réflex est de nous retourne vers le connu et son paysage familial."

"A música contemporânea propõe, na maioria das vezes, um mundo de imagens e de sons que se opõe à aparência vilã do jogo social. Esse trabalho solitário, duro, não-produtivo, quase fora do tempo do compositor vai contra todo o modele de consumo que a sociedade propõe. Porque o esconder? A música contemporânea não responde à nenhuma demanda espontânea do público. Ela não é fácil de escutar. Ela procura muitas vezes alegria e é amante do prazer. Ela não é difícil de escutar nem porque ela é mais dissonante e nem por que ela é menos rítmica que a de Mozart. Mas porque, face ao perigo ou a incerteza que representa face a toda novidade, onde o nosso reflexo é de nos voltar para o conhecido e sua paisagem familiar."

(essa última frase ficou um pouco estranha.... Acho que está faltando alguma coisa que eu não peguei direito no "ditado"....)

Enfim: esse já é um primeiro contato com o pensamento e com o jeito de ser de Michel Fano. Até quarta eu descobrirei ainda mais sobre ele...

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Essa agora é para o meu irmão Sabão, fã incomensurável de Raul Seixas. Não pude deixar de lembrar dele quando vi os cartazes do novo filme que entrará em cartaz essa semana aqui na França.

É, Sabão, o Raulzito está fazendo história até aqui na França! AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!



Um grande abraço a todos e até amanhã,

Tadeu

3 comentários:

Lígia disse...

Oie...boa sorte com a entrevista e com o café..hehe..

Espero que Messaen lhe traga boas inspirações para esta conversa.

Te amo

Unknown disse...

Tadeu
Muita paz para o seu coração.
O entendimento da frase é simples, 'O homem tem medo do desconhecido, portanto volta-se sempre para o seu dia-a-dia.'.
Não é assim quanto ao conhecimento da vida após a morte?
Não é isso que justifica o apego às coisas materiais que as pessoas tem?
Não é isso que levou Paulo a dizer que se não houvesse vida após a morte o melhor seria viver intensamente a vida, não importando como?
Eu só não sabia que a música conseguia também ter este efeito no sentimento das pessoas, mas é perfeitamente compreensível o pensamento dele.
Boa sorte na sua entrevista.
Por aqui o prêmio para melhores jogadores teve duas premiações: na da revista Placar, o Rogério Ceni ganhou a bola de prata (e a de ouro por ser o melhor jogador do brasileirão) e na oficial da CBF o melhor goleiro foi o Victor (e o galo sem goleiro para o próximo campeonato...).
Um abraço

Paulo Taffarello disse...

Fala Cabeça!!
Muito bom!! hehe... O filme o dia que a terra parou foi o primeiro filme da história sobre extra-terrestres, o q incentivou raulzito a escrever a música de mesmo nome...

Abraços!!